A Educação no contexto tecnológico



A visão de escola como espaço delimitado não harmoniza-se com as modernas tecnologias informacionais. A todo momento, as crianças e os jovens estão em contato permanente com os meios de comunicação de massa, ficando, portanto bem mais informados que os próprios professores, tão absorvidos pelas tarefas profissionais. O professor atual não é mais um informador: a informação vem do rádio, televisão, revistas, filmes, vídeos, computadores, jornais, etc. A notícia comentada está presente no nosso dia-a-dia. Não se admite mais este ambiente escolar feito para garantir um público submisso ao professor, sem se indagar se o professor é um ator que mereça atenção, se suas "aulas" são de interesse de seus ouvintes.

Só agora percebe-se o absurdo de fazer com que todos os alunos aprendam as mesmas coisas. A aprendizagem padronizada estimula o isolamento, porque priva da necessidade de comunicação: não há possibilidade de trocas de experiências. Hoje, as mudanças que estão ocorrendo exigem uma nova postura da escola, preocupada em formar pessoas ativas, capazes de viver no mundo da imagem e da informação. Ser humanos hábeis para construir seus próprios conhecimentos, utilizando a linguagem audiovisual, como forma de desenvolvimento do espírito crítico e da capacidade de raciocinar.

Uma nova maneira de buscar o conhecimento, favorecida pela grande velocidade com que estão surgindo os meios de comunicação, a evolução e o convívio com a informática, presente em todos os setores da nossa sociedade, fizeram gerar uma socialização das informações e uma nova interação humana, homem-máquina, partindo de uma forma diferente de refletir e de transmitir conhecimentos. Indivíduos e técnicas não são mais meios, mas verdadeiros sujeitos para o pensamento.

O contexto cultural do mundo audiovisual atual nos leva a integrar razão, emoção e imaginário. O processo educativo deve combinar estes três elementos, no sentido de mobilização voltada para a formação integrada do indivíduo. Através do prazer de ver, ouvir e expressar seu ponto-de-vista, oferecido por esses recursos, deve-se tentar resgatar o contato afetivo entre professores e alunos. Mas, para que a escola esteja inserida neste contexto é necessário uma mudança no fazer escolar: formação de professores e abertura nos currículos, deixando espaço para que a educação informal, voltada para a formação crítica dos indivíduos, supere a educação formal, o saber sistematizado, linear, distante da realidade do aluno, oferecido pelas escolas tradicionais.


Maristela Midlej Silva de Araújo,
especialista em Informática Educativa. Multiplicadora do Núcleo de Tecnologia Educacional - Itabuna - BA.
e-mail: midlej@nte.rbtd.br

Artigo publicado originalmente no Jornal Mundo Jovem

Wadson Benfica

Olá! Sou Wadson Benfica, professor e produtor de conteúdo para a web voltados para área educacional.

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