Conto: a briga dos números
Todos os números, de 0 a 9, estavam reunidos em uma grande
sala. Cada um deles acreditava ser o mais importante na matemática.
"Eu sou o zero!", exclamou o número 0. "Sem
mim, não haveria forma de representar a ausência de valor. Sou a base de
tudo."
"Não", disse o número 1. "Eu sou a base de
tudo. Sou o primeiro número e o mais fundamental."
Os outros números começaram a falar ao mesmo tempo, cada um
argumentando porque era o mais importante. O número 2 argumentou que era a base
de todos os números pares, enquanto o número 3 argumentou que era o primeiro
número triangular e o primeiro número que podia ser escrito como a soma de
todos os números anteriores.
O número 4 disse que era o único número que podia ser dividido
em duas partes iguais, enquanto o número 5 argumentou que era o primeiro número
que podia ser dividido em três partes iguais. O número 6 disse que era o
primeiro número perfeito, e o número 7 argumentou que era o número mais
estudado na história da matemática.
"Eu sou o número 8", disse o número 8. "Sou o
único número que pode ser escrito como a soma de três números consecutivos.
Isso me torna muito importante."
"E eu sou o número 9", disse o número 9. "Sou
o último número e o único que pode ser escrito como a soma de todos os números
anteriores. Isso me torna o mais importante de todos."
Os números continuaram a discutir, cada um tentando provar
que era o mais importante. Finalmente, o número 0 levantou a voz acima do
barulho.
"Por que estamos discutindo?", perguntou o número
0. "Não veem que todos nós somos importantes, sejamos sozinhos ou
acompanhados? Sem cada um de nós, a matemática não seria a mesma. Somos todos
igualmente importantes e completamos um ao outro."
Os outros números concordaram e a discussão acabou. Todos
eles perceberam que, juntos, eram mais fortes do que separados. E assim, todos
os números trabalharam juntos em harmonia, compreendendo que cada um deles era
importante na matemática.
Autor: Wadson Benfica
Nota explicativa:
O número 5 argumentou que era o primeiro número que podia
ser dividido em três partes iguais porque ele pode ser dividido pelos números
1, 2 e 5. Quando um número é dividido por outro, é possível encontrar o
quociente (resultado da divisão) e o resto (o número que sobra). Se o resto for
zero, então o número é divisível pelo outro número.
Por exemplo, ao dividir o número 5 por 1, o quociente é 5 e o resto é zero, o que significa que o número 5 é divisível por 1. Da mesma forma, ao dividir o número 5 por 2, o quociente é 2 e o resto é 1, o que significa que o número 5 é divisível por 2. E ao dividir o número 5 por 5, o quociente é 1 e o resto é zero, o que significa que o número 5 é divisível por 5.
Por isso, o número 5 pode ser dividido em três partes iguais pelos números 1, 2 e 5, o que é um fato único entre os primeiros números e o que o número 5 argumentou como sendo uma de suas características mais importantes.
"E eu sou o número 9", disse o número 9. "Sou o último número e o único que pode ser escrito como a soma de todos os números anteriores. Isso me torna o mais importante de todos."
Ex: 1+2+3+4+5+6+7+8+9 = 45
4+5=9